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Especialista destaca que o cuidado com a audição deve começar na infância

 

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que 5% da população mundial – ou 466 milhões de pessoas – têm deficiência auditiva incapacitante (432 milhões de adultos e 34 milhões de crianças). O estudo mostra que não há idade para que o processo de diminuição da audição aconteça, mas, segundo Marconi Teixeira Fonseca, otorrinolaringologista da Unimed-BH, é possível prevenir. “A perda auditiva pode atingir qualquer faixa etária. O que varia são as causas”, afirma. O maior fator preventivo, segundo e especialista, está ao alcance de todos: evitar a exposição constante a ambientes com ruídos intensos.

 

O médico destaca que quanto mais alto o ruído, menor deve ser o tempo de exposição a esse ambiente. “A partir de 85 decibéis já é uma taxa de ruído considerada lesiva. Temos percebido que as gerações mais novas, que têm o hábito de usar fones de ouvido ou escutar música em alto volume, apresentam uma tendência de despertar perda auditiva mais precocemente”, alerta.

 

No que se refere às crianças, principalmente as que se encontram em idade pré-escolar, Marconi indica que é preciso seguir corretamente o calendário de vacinação e controlar os fatores predisponentes para otite recorrente, além de outras doenças, como meningite e sarampo, por exemplo. As consultas ao especialista também são uma forma de evitar a surdez. “Visitas regulares ao médico contribuem para um diagnóstico precoce de perda auditiva. Muitas vezes, os pais pensam que a criança está desatenta ou mesmo desinteressada, quando na verdade, ela pode estar sendo acometida por algum distúrbio auditivo”, destaca.

 

Para a faixa etária acima de 60 anos, a recomendação é clara: avaliação audiológica frequente. “A perda auditiva é um processo natural do envelhecimento e está diretamente ligada ao aspecto cognitivo. Quem ouve pouco tem prejuízo na concentração e na memória, além de acabar se isolando do convívio social, o que pode ser um desencadeante para gerar depressão. Com o acompanhamento médico adequado, a autoestima retorna e a vida ganha novo ânimo”, avalia.

 

Algumas atitudes simples podem contribuir para evitar a perda auditiva. “Evitar a manipulação excessiva das orelhas e o uso de cotonetes, incentivar o uso de abafadores auriculares para trabalhadores expostos a ruído, e claro, preservar-se da exposição excessiva a ambientes barulhentos, sobretudo por longos períodos, são recomendações a todas as idades”, indica o otorrinolaringologista. Ele arremata: “ouvir faz bem!”.


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