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Banheiro sujo de sangue e corredores cheios de pacientes acamados são algumas das situações que os moradores denunciaram

 

Após denúncias de pacientes veiculadas na imprensa, a Prefeitura de Betim decretou Situação de Emergência em Saúde Pública. Nesta segunda (27/02/23) e terça-feira (28/02/23), moradores da cidade que estiveram no Hospital Regional de Betim expuseram situações como sangue no chão, lotação, horas de espera e pacientes em macas nos corredores.

Segundo a Prefeitura, o Hospital Público Regional teve um aumento expressivo no número de internações e da demanda geral, registrando recordes de atendimento nos dois primeiros meses de 2023.

"Os índices do hospital em 2018 registraram, em todo o ano, 5.249 atendimentos, enquanto, somente em 2023, a unidade já ultrapassou a marca de 6.332 atendimentos, sendo 1.227 deles a usuários de municípios pactuados", explica o Executivo por meio de nota.

Ainda segundo o posicionamento oficial, o número de cirurgias ortopédicas realizadas no Hospital Regional registrou um aumento de 75% nos procedimentos em 2023. "O decreto pontua ainda os problemas referentes a transferências de pacientes para a rede estadual de saúde, que, por diversas vezes, deixa de absorver esses usuários".

Segundo a Prefeitura de Betim, o decreto estabelece medidas que serão adotadas para o enfrentamento da crise, como ampliação de leitos do hospital e suspensão temporária de atendimentos eletivos para priorizar as demandas de emergência. Transferência de pacientes para a rede estadual ou para outras cidades e a ampliação das agendas de cirurgias ortopédicas também foram medidas citadas.

Denúncias

Nesta segunda-feira (27/02/23) pacientes denunciaram falta de estrutura e de mão de obra no Hospital Público Regional Prefeito Osvaldo Rezende Franco, no bairro Jardim Brasília. Pacientes deitados nos corredores, falta de higiene e descaso ao desmarcar cirurgias são algumas das reclamações.

Já nesta terça-feira (28), após as denúncias serem publicadas, os pacientes retornaram o contato com a Itatiaia e informaram que muitas pessoas foram liberadas para esperarem atendimento em casa ou foram transferidas. Entretanto, os pacientes ainda relatam alguns problemas.

"“Liberaram os pacientes que fizeram denúncias, são nove no total, os demais continuam dentro do hospital. Esses que fizeram a denúncia, eles liberaram com a garantia de fazer a cirurgia. Inclusive do meu marido que estava marcado para o dia 20 de março vai ser agora no próximo domingo dia 5. Mas não foi nada resolvido. Os demais continuam nos corredores, só espalharam, mudaram de corredores e levaram para outros setores e para outros corredores”, relatou Simone Oliveira, esposa de um paciente que havia relatado problemas no hospital.

Outro paciente que precisa de uma cirurgia ortopédica relata que teve a cirurgia adiada e que espera pelo procedimento há 15 dias. Em um vídeo enviado à Itatiaia, o jovem mostra que os corredores citados na segunda-feira (27) foram esvaziados e outros, no fundo do hospital, ficaram lotados com macas.

"Foram liberando os casos que eram de pouca urgência e minha cirurgia que estava marcada para amanhã foi cancelada e remarcada para sábado. Já estou aqui tem uns 15 dias. Fizeram o máximo para tirar todo mundo dos corredores e deixar tudo limpinho. Estava todo mundo aqui e tiraram tudo. Me colocaram lá no fundo, que está mais lotado ainda".

 

 



Itatiaia

 

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