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SÉRIE LÍRICO SACRO -

Com duas composições inéditas em BH, apresentações acontecem nas Igrejas Boa Viagem, São Sebastião e Basílica de Lourdes

 

Série Lírico Sacro 

 

Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem

Dia: 18 de fevereiro (quarta-feira)

Horário: 19h30

Local: Rua Sergipe, 172 – Centro

Entrada gratuita

 

Basílica Nossa Senhora de Lourdes

Dia: 21 de fevereiro (domingo)

Horário: 16h15

Local: Rua da Bahia, 1596 - Lourdes

Entrada gratuita

 

Igreja de São Sebastião 

Dia: 25 de fevereiro (quinta-feira)

Horário: 19h30

Local: Rua Paracatu, 460 - Barro Preto

Entrada gratuita

 

Informações para o público: (31) 3236-7400

Informações para a imprensa:

Júnia Alvarenga l (31) 3236-7419 l (31) 8408-7084 l Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Gabriela Rosa l (31) 3236-7378 l (31) 8409-1424 l Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Vítor Cruz l (31) 3236-7378 l (31) 9317-8845 l Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

 

Em três apresentações pensadas para o período que marca a quaresma, o Coral Lírico de Minas Gerais traz um repertório diverso, mas que respeita a sobriedade da liturgia católica, com obras de Lindembergue Cardoso, Henrik Górecky, Felix Mendelssohn, Giuseppe Verdi. O repertório inclui também obras inéditas e trechos que serão interpretados pelo coral ao longo do ano, como as composições de Charles Gounod e Carlos Gomes, das óperas Romeu e Julieta e O Guarani, montagens operísticas da Fundação Clóvis Salgado que serão produzidas em 2016. A regência é do Maestro Titular do Coral Lírico de Minas Gerais, Lincoln Andrade.

 

O maestro Lincoln Andrade explica que os concertos foram pensados exatamente para este momento marcante da Igreja Católica, em que os cristãos se preparam para a Páscoa. Começando imediatamente após o Carnaval, o período de quaresma é marcado por penitências e pode ser considerado um momento de expiação para os fiéis católicos, em que ocorre a reflexão sobre suas atitudes, seus pecados, ou que deve provocar mudanças no comportamento. “As músicas são mais sóbrias, mas nem por isso menos emocionantes, daí o programa mesclar composições sacras e seculares”, diz.

 

O concerto tem início com Alles was Odem Hat, lobe den Herrn!, da Sinfonia nº2 em Si bemol maior, de Felix Mendelssohn. Em livre tradução, a obra tem o título de Tudo que respira, louve ao Senhor Deus!, é um coro de evocação. Em seguida, o Coro executa trecho do Réquiem, de Verdi, Sanctus et Benedictus. A composição, com forte apelo dramático, foi composta em homenagem à Alessandro Manzoni, escritor e humanista, do qual Verdi era grande admirador. O texto da missa inspirou o compositor a explorar uma nova habilidade de escrever grandes seções em escala sinfônica para coro e orquestra. “O Sanctus et Benedictus, juntos, foram escritos para dois coros e quatro vozes cada um e representa um momento de grande contrição”, completa o Maestro.

 

Na sequência estão três obras seculares, com trechos de óperas. Primeiro as composições Vérome vit já dis deux families rivales e L’heure s’envole, da ópera Romeu e Julieta, respectivamente prólogo e coro de abertura do primeiro ato. No prólogo são apresentadas as famílias e preparado o ambiente da história de amor que envolve integrantes dos clãs Capuleto e Montecchio; Aspra, crudel, terrible, Coro di Aimorè, da ópera O Guarani, de Carlos Gomes, dá continuidade ao concerto.

 

Inéditas em Belo Horizonte - Retornando às obras sacras, o Coral Lírico de Minas Gerais apresenta a Missa Brevis, de Lindembergue Cardoso, composição inédita no repertório do Coral e também em Belo Horizonte. A canção tem forte relação com o período da quaresma, não possuindo os trechos Glória e Credo, que são retirados das missas em respeito à sobriedade pedida pelo período. Líncoln Andrade explica que Lindembergue Cardoso foi um importante compositor baiano e deixou uma obra vasta para gêneros distintos como música de concerto, popular, religiosa e ópera. O concerto termina com a interpretação de Amen, de Henrik Górecky, também inédita em Belo Horizonte. A composição busca encontrar uma ligação entre a música e a espiritualidade do texto. Para isso Henrik, de acordo com o maestro Lincoln Andrade, recorre a uma harmonia relativamente simplificada, o que torna a música forte e de fácil compreensão.

 

Programa

ü  Alles was Odem hat, lobe den Herrn!, da Sinfonia no. 2

Felix Mendelssohn

ü  Sanctus, do Réquiem

Giuseppe Verdi

ü  Vérome vit já dis deux families rivales, da ópera Romeu e Julieta

Charles Gounod

ü  L’heure s’envole, da ópera Romeu e Julieta

Charles Gounod

ü  Aspra crudel, terrible, Coro di Aimorè, da ópera O Guarani

Carlos Gomes

ü  Missa Brevis - Kyrie

                                    Sanctus

                                       Agnus Dei

Lindembergue Cardoso

ü  Amen

Henrik Górecky

 

 

Sobre o Coral Lírico de Minas Gerais:

 

Coral Lírico de Minas Gerais – Criado em 1979, o Coral Lírico de Minas Gerais, corpo artístico da Fundação Clóvis Salgado, é um dos raros grupos corais que possui programação artística permanente e que interpreta repertório diversificado, incluindo motetos, óperas, oratórios e concertos sinfônico-corais. Dentro das estratégias de difusão do canto lírico, o Coral Lírico desenvolve os projetos Lírico Sacro, Lírico no Museu, Lírico Educativo e participação nas temporadas de óperas realizadas pela Fundação Clóvis Salgado. O objetivo desse trabalho é fazer com que o público possa conhecer e fluir a música coral de qualidade. Atualmente, Lincoln Andrade é o regente titular do corpo artístico. Em sua trajetória, o Coral Lírico de Minas Gerais teve como regentes os maestros Luiz Aguiar, Marcos Thadeu Miranda Gomes, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Ângela Pinto Coelho, Eliane Fajioli, Silvio Viegas, Charles Roussin, Afrânio Lacerda e Márcio Miranda Pontes.

 

Lincoln Andrade – Lincoln Andrade possui doutorado em Regência pela Universityof Kansas, EUA e mestrado pela UniversityofWyoming, EUA, onde também foi professor assistente e ministrou aulas de canto coral e regência coral. Foi diretor musical do grupo vocal Invoquei o Vocal, maestro titular do Madrigal de Brasília, e do Coral Brasília. Recebeu prêmios nos Estados Unidos e na Europa. Foi professor e diretor da Escola de Música de Brasília. Regeu concertos na Alemanha, Argentina, Chile, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Hungria, Paraguai, Polônia, Portugal e Turquia. É constantemente convidado para dar palestras sobre Regência e Canto Coral em festivais no Brasil.

 

Sobre os compositores:

Felix Mendelssohn – Mendelssohn foi um grande pianista, compositor e maestro alemão no século XIX. Considerado um garoto-prodígio, aos 10 anos Mendelssohn tinha aulas de composição com Karl Friedich Zelter e, aos 13, publicou seu primeiro trabalho - um quarteto com piano.  Durante os anos seguintes, trabalhava frente a grandes orquestras da Europa, sendo responsável pela difusão da obra de Bach e recebendo o devido reconhecimento por seu talento. Embora de estilo bastante pessoal, sua linguagem é eclética. Inspirado pelo movimento romântico, ele criou obras de alta qualidade, fiel ao classicismo vienense.

 

Giuseppe Verdi – Verdi é considerado o maior compositor de óperas do período romântico italiano. De família humilde, conseguiu concluir seus estudos de música com a ajuda de um comerciante amigo de seus pais. Verdi revolucionou o cenário musical ao dar mais destaque a aspectos dramáticos das obras, ora marcadas por nacionalismo e patriotismo, ora por um romantismo dramático. Suas últimas obras são quatro peças sacras. No seu testamento, o compositor deixou sua fortuna a uma fundação para ajudar músicos pobres.

 

Charles Gounod – Compositor francês que iniciou seus estudos, ainda muito jovem, no Conservatório de Paris. Aos 21 anos, ganhou o Prix de Rome, pela obra Cantata Ferdinand, prêmio famoso para jovens compositores, que dava direito a uma bolsa de estudos na Itália. Tomado pela ideia de entrar para o sacerdócio, Gounod passou a compor música religiosa. Fausto (1859), Mireille (1864), Roméo et Juliette (1867) são suas obras mais conhecidas, estando todas entre as mais populares do repertório operístico francês.

 

Carlos Gomes – Carlos Gomes foi o principal compositor de óperas do Brasil e também o primeiro brasileiro a se apresentar no Teatro La Scala, em Milão. Filho do mestre de música Manuel José Gomes, iniciou os estudos sob a supervisão do pai, em Campinas, sua cidade natal. Durante seus estudos no Conservatório de Música do Rio de Janeiro, conheceu Dom Pedro II, que lhe deu apoio para estudar na Itália, onde recebeu o título de Maestro no Conservatório de Milão, em 1866. Quatro anos depois, apresentou sua principal ópera, O Guarani, no Teatro La Scala, em Milão, sendo o primeiro brasileiro a realizar tal feito. Encenada posteriormente em várias capitais européias, essa ópera deu-lhe a reputação de um dos maiores compositores líricos da época.

 

Lidemberg Cardoso – Lindemberg Cardoso foi um importante compositor baiano, professor na Universidade Federal da Bahia, membro fundador do Grupo de Compositores da Bahia e da Sociedade Brasileira de Música Contemporânea. Deixou uma obra vasta para gêneros distintos como música de concerto, popular, religiosa e ópera.

 

Henryk Górecki – Gorécki foi um compositor polonês de música clássica. Concluiu seu curso de composição musical na Polônia e sua pós-graduação em Paris. A partir de 1951, ele começa a compor suas próprias peças, até atingir, na década de 1970, o estilo que mais o caracteriza, marcado pela preocupação em atingir uma ligação perfeita entre o conteúdo espiritual e emocional do texto, frequentemente sagrado ou de origem tradicional. A partir dos anos 80, Gorecki expande suas fronteiras musicais e passa a explorar novas possibilidades no que toca à textura harmônica. Tais transformações criaram uma música muito particular, que une influências folclóricas a sonoridades que lembram Chopin e Beethoven. 


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