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O evento destacou principalmente a burocracia e as dificuldades na distribuição dos medicamentos para os portadores de Artrite Reumatoide

 

O 1° Fórum Mineiro de Artrite Reumatoide, que aconteceu em Belo Horizonte, dia 24 de outubro, em BH, no Auditório do Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais reuniu centenas de pessoas, dentre elas médicos especialistas, pacientes, familiares, convidados, além de representantes de Minas Gerais. Um dos temas de destaque durante o Fórum foi a discussão sobre a burocracia e as dificuldades na distribuição dos medicamentos para os portadores de Artrite Reumatoide (AR). A presidente do Grupo Encontrar e paciente de artrite reumatoide, Priscila Torres, deu as boas – vindas a todos e ressaltou sobre a importância de o Fórum estar sendo realizado em Minas Gerais. De acordo com Priscila, um dos objetivos do Grupo Encontrar é representar todos os mineiros fazendo com que os pacientes consigam sem burocracia a distribuição de medicamentos de alto custo pelo Sistema Único de Saúde de Minas Gerais.

O primeiro palestrante do dia foi o Dr. Gustavo Lamego, médico Reumatologista, presidente da Sociedade Mineira de Reumatologia, que palestrou sobre a “Artrite Reumatoide”, e a “Tomada de Decisão e Decisão Compartilhada”, destacando a importância dos Grupos de Pacientes, os impactos da Artrite Reumatoide (AR), prejuízos e incapacidades no dia a dia do paciente, os perigos da automedicação, dentre outros. Durante sua apresentação ele explicou sobre a doença crônica, a inflamação das articulações e enfatizou a importância do tratamento para a AR que se não tratada adequadamente pode levar a deformidades. Destacou ainda os principais sintomas como: fadiga, anemia, febre, olhos secos e os impactos na vida dos portadores de AR, prejuízo laboral, prejuízo social, incapacidades e redução da qualidade de vida. Segundo o Dr. Gustavo, os exames complementares como PCR, VHS, hemograma, TGO, dentre outros são essenciais para os pacientes, assim como também a prática de exercícios físicos que ajudam no tratamento e melhora as dores. Para finalizar a palestra, o reumatologista comentou sobre a assistência farmacêutica que é está sendo reformulada para atender melhor os pacientes de AR. De acordo com ele, Minas Gerais precisa de uma melhor distribuição de medicamentos.

“Farmácia de Minas” também foi tema das palestras. Representando a Secretaria de Estado de Minas Gerais, por meio da Superintendência de Assistência Farmacêutica, a coordenadora da Diretoria de Medicamentos de Alto custo, Patrícia de Oliveira, ministrou palestra sobre a assistência farmacêutica no SUS/MG. Segundo Patrícia, a Assistência Farmacêutica no Estado de Minas Gerais está em processo de reformulação para prestar melhor atendimento à população. “Estamos trabalhando para garantir o acesso aos medicamentos, sendo assim os grandes problemas enfrentados com o abastecimento dos medicamentos das regionais e municípios mineiros farão parte do passado”, explica. Ainda de acordo com Patrícia de Oliveira, a redução do prazo para a avaliação das solicitações dos medicamentos do Componente Especializado é uma importante estratégia para que o paciente receba o medicamento no prazo mais curto e também, neste sentido a SES/MG tem buscado melhores formas para efetivar a redução deste prazo. “Entendemos que a redução do prazo para a avaliação das solicitações dos medicamentos do Componente Especializado é uma importante estratégia para que o paciente receba o medicamento no prazo mais curto, portanto a SES/MG tem buscado melhores formas para efetivar a redução deste prazo, visando disponibilizar não só o medicamento certo em local certo, mas também que estejam disponíveis em tempo certo”, explica Patrícia de Oliveira.  

A paciente de Lúpus, Teresa Cristina Vieira, comentou que tem muitas dificuldades para ter acesso aos seus medicamentos e a desinformação dos funcionários da Farmácia de Minas dificulta ainda mais o atendimento. De acordo com Teresa, para tentar reverter os problemas ela indica um passo a passo. “Após saber que existe o medicamento, ligar para o 155 (Ligue Minas) e, assim que o atendente atender anotar o nome dele e a hora da ligação. Anotar também o número do protocolo e apresentar na Farmácia de Minas quando for pegar os medicamentos. Esse procedimento tem funcionado bastante, acrescenta”. Após perguntar se tem o medicamento pois o medicamento não pode ser solicitado por telefone, ela liga para verificar se tem o medicamento ou se o medicamento chegou. 

A médica Reumatologista, da Santa Casa de BH e do hospital Mater Dei, Dra. Cláudia Neiva, explicou em detalhes sobre os sintomas, diagnósticos e tratamentos sobre o Lúpus Erimatoso Sistêmico. Segundo Neiva, o Lúpus se manifesta em maior porcentagem na raça negra, 90% dos casos em mulheres e é mais frequente entre pessoas de 15 a 64 anos.

Foram ainda temas de palestras o Projeto Leishmania, da equipe da UFMG que destacou os estudos voltados para medicamentos com menores efeitos colaterais; o Cenário das Doenças Reumáticas no Estado de minas Gerais e Como ser um paciente ativo e responsável.

 


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