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“A Justiça tarda, mas não falha.”

 

Nesta terça-feira, o brutal e covarde assassinato do meu amado filho Mário completa 126 meses. Passaram-se nada menos do que 3.780 dias, desde que assassinos desalmados e covardes ceifaram sua vida aos 20 anos de idade. Nesse tempo todo, por conta do mais hediondo descaso das nossas autoridades da área da segurança pública, os assassinos foram premiados com o Instituto da Impunidade.  Estão por aí, à solta, enlutando sabe-se lá quantas outras famílias.

Foi  na noite de 29 de setembro de 2005 que recebi o telefonema que nenhum Pai deseja receber: meu amado filho Mário havia sido baleado numa “suposta” tentativa de roubo de carro. E morreu instantes depois porque o tiro disparado por um dos bandidos havia sido certeiro. Meu amado filho Mário estava a caminho de uma confraternização sadia, que reunia amigos de infância e colegas de escola, mas teve sua trajetória interrompida por bandidos que até hoje gozam da total liberdade. Nunca foram identificados pelos organismos de Estado responsáveis. Continuam “impunes”.

“A Justiça tarda, mas não falha.”

 Esta é uma das frase mais conhecidas da sociedade mundial. E esta é a frase que continuo perseguindo, bradando aos quatro ventos por Justiça. Bem distante de qualquer sentimento de vingança, estou sim, como Pai, em busca de Justiça. Quero ver os verdadeiros responsáveis pelo assassinado do meu amado filho Mário, devidamente identificados e responsabilizados pelo crime que cometeram. É por isso que escrevo e envio essas correspondências eletrônicas: para tentar sacudir as autoridades e fazer com que cumpram com seu papel constitucional. Sei que como eu, existem dezenas de outros pais que passam pela mesma situação.

Mas o Estado me deve isso. Sou um cidadão de bem. Meu amado filho Mário sempre foi do bem. Pago meus impostos (altos) em dia e o Estado precisa oferecer a contento a sua contrapartida. A mim e a todos os cidadãos de bem. Entra governo e sai governo, e não vejo o menor esforço ou a vontade política de solucionar alguns crimes, a exemplo do assassinato do meu amado filho Mário. Incrivelmente parece que o crescimento dos números na estatística dos casos não-solucionados, não causa o menor constrangimento na cúpula do governo.  Como se diz na linguagem popular: “tanto faz quanto fez”. É um absurdo!

“A Justiça tarda, mas não falha.”

É preciso que essas autoridades saibam que enquanto houver um sopro de vida em meu peito, estarei cobrando. Cobrando para que apresentem resultados satisfatórios nos trabalhos que realizam. Que efetivamente atendam  aos anseios da sociedade.

Enquanto não fizerem a sua parte, continuarei a cobrar e a conviver com a dor intensa que sufoca meu peito e enche meus olhos de lágrimas que brotam do interior mais profundo. É a saudade do meu amado filho Mário, que poderia estar convivendo conosco, se neste Estado, tivéssemos mais segurança pública. Assim como o meu amado filho Mário, outras dezenas de filhos ainda estariam convivendo com suas famílias.

É muita insegurança! No passado víamos manchetes nos jornais: Polícia matou vários bandidos.... HOJE, vemos ....Bandidos assassinaram Policiais, trabalhadores, crianças, idosos...   

É o prêmio da Impunidade aos bandidos mais crueis do Rio Grande do Sul.

 

Sergio, Pai do Mário


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