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Baseado na Assimilação de aula da Professora Doutora Ana Velia Vélez de Sánchez Osella

 

"Respondeu-lhe o Senhor: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar; e ela vos obedecerá" (Lc 17.6).

Fé é uma certeza que leva alguém a perseguir um conteúdo, reconhecido como um instrumento de manifestação do emocional superior, para um dia alcançar uma meta inatingível, de valor uníssono, um objetivo em sua vida. Onde a aproximação da realidade última, ou seja, da manifestação de uma verdade universal que seja o centro de um ensinamento, é o alcance do desejo do humano, que devido sua limitação consciencional apenas torna possível tangenciar um conhecimento, porque nossa capacidade restritiva apenas é capaz de absorver perspectivas de um fenômeno completo.

Como conteúdo a ser perseguido, o Ato de Fé é uma administração da “verdade” em sintonia com um propósito de realização do indivíduo que constrói seu vínculo com o mundo em que está inserido.

Abro aspas, para dizer que, em sintonia com a Visão da Professora Ana Velia, é possível compreender a construção da Fé sobre o alicerce fisiológico, onde esta certeza é a constatação de uma frequência desencadeada no corpo de um indivíduo que passa a comandar o seu centro emocional, a desencadear sensações que o aproximam, o humano, de uma projeção que é a base para um vetor motivacional, que leva o indivíduo a se aproximar de seu estado de espírito de autorrealização. Como efeito de uma perseguição a um objetivo, ele se transforma em uma lógica de raciocínio orientada para a satisfação do indivíduo, ao influenciar as diversas instâncias de seu desejo, a fim de construir a identidade deste ser, que somente pode se aproximar da “verdade” devido os limites em que sua alma tangencia o absoluto regrado por transformações egoicas.

Assinala a Professora Ana Velia: “Ser humilde é nunca ter que pedir perdão”. Então uma profunda indagação passa a tomar conta de nosso ser e de nossa atitude como seres humanos. Como se nos direcionasse a um convite para a cristalização de um Ato de Fé em que esta “certeza” deva nos guiar para nunca absorvermos um conteúdo que nos faça infringir a lei uníssona, para não precisarmos avançar nosso conteúdo sobre o outro de forma agressiva, porque a “verdade” não nos permite machucar o outro. E quando nos identificamos conosco mesmos, dentro desta lógica de afetação, é dever do ser, de manifestar o seu Ato de Fé em sintonia com o propósito coletivo.

Assim tachar o outro, ou mesmo rotulá-lo, seja no cotidiano, ou um médico em relação ao seu paciente, configura uma transgressão que deve ter o seu limite equilibrado em fatores de tolerância, amor ao próximo e respeito pela pessoa humana. Por isto é necessário buscar e procurar o equilíbrio que nunca será uma métrica perfeita, porque a vida flui de forma constante, e as mutações proporcionadas nas translineações da vida desperta a necessidade de uma contínua recomposição, para um ajuste constante do indivíduo, no sentido de uma eterna transformação do ser, onde ora configura uma crisálida, e no instante seguinte uma borboleta, para voltar a ser pupa e fazer do ciclo da vida uma configuração perfeita para se encontrar no infinito.

O Ato de Fé então é praticar uma certeza que não se prova, em que este recurso de não-utilização do apego material da razão, eleva o indivíduo em uma categoria existencial que aproxima do Absoluto.

Abro aspas, se sua Fé é centrada na ideação de um Criador, entenda Absoluto como uma expressão de Seu conhecimento, portanto, se a sua Fé está construída em torno e dentro de outros alicerces, compreenda esta estrutura como um simples exercício gerencial em sua mente que o faz encontrar ou aproximar-se com aquela certeza, que a retórica de teu conhecimento lhe permita hipoteticamente encontrar com um conteúdo, ao qual se pretenda atingir. Onde os fatores de temporalidade da linha de raciocínio, somente servem para distinguir fases e etapas do mesmo processo de construção da subjetividade do indivíduo, que leva este indivíduo ao encontro de seu ideal.

Porém, como afirma Ana Velia, o ambiente pode deslocar o componente egoico do indivíduo e fazer com que este chegue a um estado de demência.

Assim concluo, que é necessário além do Ato de Fé um agir consciente e constante, para a inflexão do pensamento, que leva a construção do indivíduo, a permanência de seu estado de espírito de iluminação ou autorrealização.

Assim, ao concluir Ana Velia que o ego quebrado faz entrar o indivíduo na patologia, me faz racionar que ela, ao sintetizar que, a interferência do meio sobre o indivíduo torna o indivíduo condicionado, devido sua displicência em não observar a influência dos fatores universais sobre si mesmo, interrompe um regramento, que, é a base de constituição deste indivíduo. Onde pode-se fazer uma analogia sobre a corrupção da Fé deste indivíduo no qual a sua conexão com o uníssono fora perdida.

Então quando o indivíduo carece de cuidados quanto a seu funcionamento psicológico é necessário recorrer ao seu passado, para trabalhar vinculando-o nas diretrizes de representação do agora, no como é integrado na percepção do indivíduo o “hoje”. Neste caso o fator de reconstrução e reconfiguração da memória faz determinar os fatores que deslocam a afetação e a ansiedade do indivíduo, para recolocar o seu desenvolvimento dentro de sua condição de Fé existencial, de onde não deveria ter saído, pois a constatação do sofrimento, é suficiente para determinar que o seu não-vínculo com o uníssono, é a causa de toda sua dissintonia da produção de sua dor interna.

É preciso ter disciplina para aprender a ouvir o outro. E este é um dos papeis fundamentais de um analista disciplinado para ouvir seu paciente. Onde o ouvir exige que o observador não possa estar distraído com a memória e o desejo.

Estar distraído com a memória seria o mesmo que resgatar um conteúdo interno de um outro para si, como sendo uma “verdade” em que passa a configurar a psique do indivíduo que observa, em outras palavras é o mesmo que trazer um conteúdo de sofrimento e incorporá-lo como “posse” e/ou “propriedade” sua e fazer desta incorporação um Ato de Fé em que se intenciona seguir, inapropriado para o objetivo pessoal de quem efetua a análise do verdadeiro indivíduo que sofre.

Por outro lado, estar distraído com desejo, leva um observador a perseguir um objetivo identificado. Que pode ser uma construção subjetiva que não está alinhada ao conteúdo de uma “verdade” construída a real necessidade de um indivíduo que observa.

Da mesma forma, estar distraído com o discernimento ou razão, promove o distanciamento do indivíduo que é observado. Porque o analista passa a não observar o espaço para integrar o novo que está sendo evidenciado pelo paciente, e a rotulação surge como uma tratativa de incorporar ao indivíduo que sofre uma padronização de comportamento que não chega a desencadear a solução para seu real conflito.

Abro aspas, tanto memória, desejo e discernimento, da mesma forma que podem ser controlados para não afetar negativamente um analista, para o desenvolvimento de uma forma de proteção, podem ser incorporados à visão do paciente para que ele construa sua subjetividade longe do vínculo com este princípio de saturação, e recobrar seu direito a uma cidadania incorporada aos valores sociais.

Se a atenção está voltada para o observador uma análise será um desastre do ponto de vista observacional, no entanto se estiver voltada para quem solicitou o auxílio, estando consciente o observador e dotado de técnica, seu aprendizado poderá reverter na diminuição do sofrimento de quem pede por socorro.

Nós temos terminações nervosas no corpo inteiro, e a sensação dolorosa é um ato de Externalização da zona que carece de cuidados. E a administração da “certeza” faz o indivíduo perseguir, ou a se propor a fazer com que o indivíduo persiga, no alcance de um objetivo definido. Portanto, o Ato de Fé instancia o indivíduo a limitar a sua dor quando este está em sintonia com seu propósito de vida. Porque se segue aquilo que verdadeiramente de ostenta perseguir. Em outras palavras, faz refletir coerência e coesão com o propósito existencial de um indivíduo.

Por isto na construção da subjetividade é muito importante, o indivíduo se identificar com a tolerância e a humildade. Porque o apego excessivo com sua experimentação, torna a experiência do abandono, um alicerce terrível que leva ao raciocínio do apego, fazendo com que o indivíduo canalize sua expectativa para se distanciar de sua vivência dolorosa, como se projetasse o argumento: “Eu não vou viver isto novamente.”; Então a violência é utilizada como subterfúgio para não transformar o seu Ato de Fé em uma retórica abalável. Porque o indivíduo que intenciona perseguir sua autorrealização e luminescência pode ser condicionado a uma estrutura reativa toda vez que vê seu objetivo pessoal destruído por fatores existentes no ambiente.

Então a covardia (busca da terrorização), alimentada pelo temor de aniquilação da existência e/ou dos paradigmas que a sustentam são movivadas por fatores de frustração encadeados na forma de transformações do pensamento, reflexo da adulteração que o indivíduo observa estar sendo atingido em relação a sua história de vida.

Assim, Ana Velia, chega à conclusão de que o grau de tolerância é ampliado pela contínua satisfação que vicia o indivíduo em estruturas de estabilização, num estado de afetação que gera uma contínua necessidade de afetação deste indivíduo.

Se você é capaz de transpor o aprendizado acima, será capaz de compreender este mecanismo de afetação ao compreender a estrutura de uma mãe ao perder o seu filho. E verá que será levado a integrar parâmetros filosóficos quanto à simbologia que nos fazem guiar como alicerce de um amor supremo e fraternal. E a levar ao raciocínio de como esta transferência amorosa de um para outro pode nos afetar de forma densa, a deslocar nosso condicionamento toda vez que o mundo real difere de nosso ideal construído, vir a abalar nosso Movimento ou Ação de Fé sobre este arquétipo.

Surtindo como efeito, uma necessidade de ajustar conceitos, quanto a confusão que um indivíduo poderia fazer dos ideais em termos de “estrutura”, “posse” e “apego”.

Bio fala para sermos mãe e desenvolver uma capacidade intuitiva em que esteja inserido uma capacidade para interpretar, de ter insights, de ajudar o outro,... Ser toda uma habilidade desenvolvida, assim como ser um piloto de avião em que se configura uma dedicação total para com o ser, que se cuida. Então leva a questionar de onde uma pessoa é capaz de tirar energia para administrar todo este vasto conteúdo simbólico? Da forma em que os indivíduos passam a se configurar na estrutura de trabalho?

A raiva impede o indivíduo de enxergar sua conexão espiritual com o mundo, ela deixa a mente inquieta e serve de alimento para criar a dissintonia para o abismo e para o sofrimento.

Nem sempre estamos condicionados à produção de pensamentos, a própria rotina de afetação da angústia, passa a nos afetar em termos de transição fatores que levam ao sofrimento.

Fazer psicanálise é não fazer uma entrega que seja apenas um vínculo de fundo religioso. É integrar todo um conhecimento para devolver o indivíduo segundo suas crenças e convicções à sociedade de forma que possa se corresponder as necessidades que o coletivo consegue absorver deste indivíduo, estando ele integrado a uma habilidade que possa ofertar à sociedade como uma correspondência individual para seu agir consciente, em relação aos seres de sua mesma espécie.

Você tem que ser bom, e não mostrar que é bom. Falar é prepotência, pois torna-se apenas uma demonstração de que se está além do outro que caminha em partilha de experimentação emocional de vínculo momentâneo em que a paridade de objetivos, torna a necessidade deste vínculo ser uma estrutura consciente, em que todos os indivíduos devam ser tratados em igualdade, dentro de um sistema compartilhado no espaço tridimensional, junto contigo.

É preciso observar o outro além do tom da voz, em que se cristaliza o conceito que eleva ao Ato de Fé de como o outro se comporta.

Ser guiado pelo sensorial é um relacionamento como o O, ou seja, a realidade última, inatingível e irreconhecível. Onde a origem, é o centro de coordenadas cartesianas de um vetor (x,y) impossível de ser conhecido, pois conforme exposto anteriormente, temos a capacidade de tangenciar a “verdade” devido nossa limitação egoica e a complexidade em que a realidade é apresentada no ambiente, que interfere na nossa capacidade de retenção das informações, nos permitindo apenas absorver “meias-verdades”, ou seja, segmentações de uma “verdade” que a construímos integrando um quebra-cabeça, quando nos dispomos através de um Ato de Fé perseguir um conteúdo para integrar todos os aspectos variantes de um modelo de pensamento para compor a realidade que seja mais próxima possível do uníssono.

A ilusão serve para fazer caminhar o indivíduo em um movimento em constante expansão. Sempre temos que dar o direito do outro da transposição do vínculo ligado ao regramento relacional, em que só devo dizer que o O não é reconhecível. Sua mente deve ser expansiva o suficiente para fazer as conexões anteriores desta exposição para fazer chegar em sua mente os entes relacionais que a expressão do O exige que você construa a sua “Verdade” ou seu encaminhamento para sua “Iluminação”, que não está inserida em sua memória, mas numa construção ligado ao Ato de Fé que te fez deslocar sua intensão de leitura até este ponto do texto. Então é hora de praticar onde o seu entendimento está te encaminhando, para o sofrimento ou para a realização?

O O se combina com uma “invariante”. Onde a dica é dizer que somos constituintes de uma parte de atribuições cognitivas fixas e outras que variam em torno de métricas ambientais. O que somos nós? O que há em nós que não vai variar e o que varia nos outros?

O princípio descrito por Bion como at-one-ment-com O reflete uma interação em torno de uma unicidade em união em torno do uníssono. Em que se pretende unir-se ou fundir-se a uma realidade desconhecida, ou que não sabemos, para se alcançar a graça do conhecimento. É algo novo, a ser encontrado, que reflete sobre o agora, e que não tem retorno na visualização de um alcance. (Frase para meditação).

O nível de consciência que um indivíduo deve estabelecer para si, deve refletir a profundidade com que ele se adere a percorrer por ensinamentos sobre conteúdos distintos que incorporem o conhecimento. É necessário adquirir maturidade para percorrer esta senda do saber, pois o avanço da consciência é um estímulo ao crescimento, à transformação, e você pode mais que isto, que é hoje, por isto se constrói um momento perceptivo mágico que não volta mais, em que se constrói um vínculo dependente do outro. Por isto o at-one-ment-com O aproxima-se do conceito de empatia, mas por nunca ser tocado, é necessário a experimentação dos entes “variantes” e “invariantes” que desencadeiam um fenômeno. E esta conquista não é para o agora, é um trabalho que deve ser realizado continuamente, em que o indivíduo deva percorrer um objetivo em torno dele, em que sua Fé está condicionada.

Então é preciso praticar a filosofia com a estrutura de tempo (devenir), para você ao longo do seu processo de exercício de seu Ato de Fé, proporcionar a si, a manifestação do seu livre-arbítrio que as manifestações do seu pensamento condicionam a sua concordância na perseguição de seu objetivo pessoal, que se espera integrar com o objetivo do coletivo. Sendo este devenir, a mutação de um estado permanente de vir a ser algo, a cristalizar o humano. Onde Ser é objetivo; e Fazer e Ter são ferramentas do ser. Sendo necessário ao longo de um percurso, se distrair com coisas que a médio e longo prazo promovem a sensação de vazio.

O at-one-ment-com O também impede de chegar a união. No chamado para ouvir a Ser, todos são chamados, porém muitos adormecem. Alguns vão por amor, e ainda tem que ser escolhidos. A comparação é feita para se justificar, pois o vir a ser é diferente. Quando aprendemos a lidar com a angústia aprendemos a ser. Portanto só a Fé não leva ninguém a realização de seu objetivo mestre. É necessário um algo mais que está contido dentro de cada indivíduo em que este processo de “autoescolha” deve ser iluminado para a constatação do necessário para percorrer o caminho escolhido pelo indivíduo em seu Ato de Fé.

Por isto a civilização necessita sempre de novos questionadores. Nós temos um compromisso para com a humanidade, é necessário um esforço para crescer e para fazer crescer. Não podemos ficar sempre em volta da lição do infantil, ...

De que adiantaria você encontrar apenas pessoas que passam a mão em sua cabeça? Temos que aprender a manejar um conteúdo de vida.

O at-one-ment-com O é uma união com Deus, como o conhecimento. O O é nada conhecido, mas se relaciona com o outro, ... no ponto de conexão (Frase para meditação). Na verdade, não sabemos o que é que fazemos num esforço para ser. Bion fala muito de funcionamento mental num raciocínio de que somos iguais e em princípios de afetação diferentes. Bion espera que seu trabalho não seja convertido em uma devoção que leve a canalização de seguidores, porque isto iria aprisionar a essência humana a um vínculo fictício de sua imagem.

No caso de uma mulher que dê à luz a trigêmeos univitelinos, ele diz que todos os filhos não são criados pela mesma mãe, porque o momento desta mãe para cada filho difere a reproduzir diferentes princípios de afetações distintos reflexos de diferentes estados de espírito que se manifestam a cada momento.

Para Melanie Klein o bebê inveja a mãe, um leigo ao entrar em contato com a informação pode ser levado a inferir ao usar sua memória, entendimento e desejo, a percepção do at-one-ment-com a reduzir a sua linha de raciocínio a afetação de pensamentos que elevem o preconceito, e gere uma disparidade entre o real conhecimento que a pensadora esteja tentando disciplinar como mecanismo de observação.

E mais grave torna ainda quando as desinformações dos desdobramentos de sua teoria permitem visualizar que o primeiro filho é essencialmente invejoso em relação a sua mãe e que os seguintes passam a se alternar entre a inveja e o ciúme recíproco devido o fator interativo entre eles no vínculo com a mãe. Imaginem Freud quando expôs a compreensão dos seres humanos a partir de sua conexão homogênea cuja dimensão escolhida fora a sexualidade?

Na multiplicidade de interações entre indivíduos deve existir um nivelamento do nível de exigência de um em relação à necessidade do outro, sendo os desníveis oriundos deste processo metafórico de nivelamento da necessidade grupal. Por isto é fundamental que cada um ouça a sua própria intenção quando se planeja imprimir algo no nível existencial, isto contribui para que a programação de vida ajuste o indivíduo a sua necessidade real, saindo do endosso a cristalização do ilusório. Isto quando estamos muito no racional calcado nas impressões sensoriais, para canalizar toda a energia àquilo que deve realmente ser expressado (Feeling).

Todos nós sabemos que dois objetos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço. A mente preocupada com elementos expostos através dos sentidos, fica menos capaz da percepção dos sentidos. Dentro desta linha de raciocínio, a ansiedade pode ser tocada ou sentida. (Meditação)

Não porque um exercício seja bom para um indivíduo, que seja bom para todo mundo. No mundo interno de um indivíduo ninguém tem o direito de tocar, para deste contato, vir a desencadear um prejuízo consciencional ao indivíduo que fora violado.

Memória é posse. É importante que um paciente ou indivíduo sinta-se livre em relação ao analista ou observador. O analista é uma voz para o paciente, assim como o observador é apenas um ente na visão de quem pratica uma ação, desconfigurado e não setado em sua memória, porque se houvesse vínculo, estaria o relacionamento entre as partes sofrendo afetação, o que não é bom quando o objetivo é absorver o outro para ajudar e não fazer parte de sua afetação.

O futuro já é na mente do paciente ou de qualquer outro indivíduo. Assim como os desejos possuem a mente. (Meditação). Portanto investimento emocional é superior a qualquer investimento financeiro. O oposto da inveja é a admiração.

Ana Velia argumenta com um exemplo lúdico sobre um homem que reclamava porque tinha um problema fisiológico de fazer coco nas calças constantemente. E este homem sendo levado a um profissional psicólogo para compreender sua angústia e sofrimento, em virtude dos fatos, consegue estabelecer uma relação causal, em que seu vínculo para com seu distúrbio ganha outra conotação, e como resultado passa a se livrar do problema que o perturbava, embora o ato de fazer incontinentemente coco nas calças persistira por uma impropriedade fisiológica de seu organismo. Então uma profunda indagação surge: vale apena mesmo sofrer por tanto tempo por algo em que possa ser solucionado pelo entendimento de sua afetação? E quando se fala em entendimento, não está sendo relatado o entendimento que leva o indivíduo a ampliar a sua relação de sofrimento para com o mundo saturando sua mente, mas sim, o entendimento que levará o indivíduo a se encontrar com o seu alvo na transposição de seu compromisso em relação ao seu Ato de Fé. E esta compreensão somente jorra sobre o intelecto de um indivíduo quando a comunicação entre duas pessoas segue uma linha comum num nível coloquial, em que o advento da comunicação não sofra uma ruptura de entendimento.

O sentimento do indivíduo está por trás daquilo que ele está contando, em que suas sensações, de seu sentir injustiçado, do algo que incomoda, faz encontrar aquele fato que é alvo real de uma observação, seja na vida comum e prática ou num setting de um consultório psicanalítico.

É preciso estar atento ao estado emocional das pessoas que estamos nos relacionado, e na posição de se prestar ajuda, não se vincula, para um analista tratar o indivíduo na introjeção de uma boa conversa.

Quando num relacionamento em que a comunicação se forma, quando uma das pessoas está confusa, o elo que funde a integração do que é transmitido faz mudar o foco para materializar o conteúdo que se deseja contratualizar-se saturando a capacidade de pensar.

Bion usou palavras novas fugindo das palavras antigas porque o conhecimento antigo já dava profundas mostras que já estava completamente saturado de conhecimento no meio psicanalítico, não permitindo o novo ou a inovação.

 

 

Fraternalmente,

 

Max Diniz Cruzeiro

LenderBook Company

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