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Vittorio Medioli (PSD) fez acusação a diretores de escolas do município durante 'live' na internet, nesta quarta-feira (11/08/2021).

A Procuradoria Geral do Município de Betim informou, nesta quinta-feira (12), que um processo administrativo foi aberto contra o diretor de uma escola da cidade. Segundo a prefeitura, os pais de alunos têm recebido mensagens pelo celular informando a suspensão das aulas por falta de "condições para um retorno seguro”.

O município alega descumprimento de ordem judicial, e afirmou, também, que pediu uma investigação criminal à Polícia Civil (PC).

Em transmissão ao vivo pela internet nesta quarta-feira (11), o prefeito de Betim, Vittorio Medioli (PSD), acusou diretores de escolas municipais "sabotagem" no retorno às aulas presenciais no município ao divulgar as notícias falsas a pais de estudantes.

Ele afirma que os profissionais estão divulgado notícias de suspensão das aulas presenciais. A categoria decretou greve sanitária, mas o movimento foi considerado ilegal pelo Tribunal de Justiça.

O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) Subsede Betim, afirma que não há ilegalidade em informar aos pais a edição da categoria. Diz que a greve sanitária se justifica pela prevenção da saúde, e nega sabotagem.

"O que nós mais queremos é retornar ‘pra’ escola, mas em uma situação de segurança. A proposta de biossegurança emitida pela prefeitura em meio às nossas férias contém diversos problemas. Não um programa de testagem dos trabalhadores na chegada à escola, nem da comunidade escolar. No primeiro dia de trabalho, que a gente foi convocado, que é o dia 2 de agosto, três trabalhadores já testaram positivo ‘pra’ Covid, e a orientação que essas três escolas receberam foi de permanecer em trabalho”, relatou o coordenador do Sind-UTE de Betim, Luiz Fernando de Oliveira.

Com o impasse, a decisão fica à cargo da Justiça. No dia 3 de agosto, a desembargadora Teresa Cristina da Cunha Peixoto determinou a suspensão da greve, e retorno imediato dos servidores às atividades presenciais, sob pena de multa de R$50 mil por dia em caso de descumprimento.

Durante a transmissão pela internet nesta quarta (11), o prefeito afirmou que profissionais que possuem cargo de confiança podem perder a posição.

A Procuradoria defende que a categoria teve tempo para se adaptar, e ressalta que a vacinação teve baixa adesão dos servidores. Diz ainda que é feito acompanhamento diário dos trabalhadores e, além das multas, eles não devem receber pelos dias não trabalhados.


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TJMG considerou greve dos servidores da educação municipal como ilegal — Foto: Reprodução/MG1

Betim tem cerca de 59 mil alunos e 5 mil trabalhadores na rede municipal. A prefeitura afirma que a greve afeta, principalmente, o ensino fundamental. Das 69 escolas municipais, 10 estão paradas e 37 com adesão parcial à greve.

O Sind-UTE afirma que o desejo dos trabalhadores é de que a prefeitura reveja o protocolo de segurança de retorno às aulas. Eles informaram que a greve afeta 50% dos trabalhadores, e que nesta quinta-feira (12), uma reunião com o município deve auxiliar na decisão sobre a continuidade do movimento.



G1/MGTV


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