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Novos casos suspeitos de sarampo têm surgido na capital, colocando em alerta municípios vizinhos. Na região metropolitana, a vacina está em falta em vários postos. Há até racionamento em algumas unidades, com a dose sendo aplicada apenas em crianças de 6 meses a 1 ano. Porém, toda a população com até os 49 anos tem direito ao atendimento. Atualmente, a cobertura vacinal contra a doença está em apenas 40% na Grande BH.


Público-alvo é formado por crianças de 1 a 5 anos,
mas jovens e adultos também podem ser imunizados


Os problemas foram constatados em pelo menos sete cidades. A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) afirma que o abastecimento tem sido realizado dentro da normalidade, mas admite que “faltas pontuais podem ocorrer em alguns unidades, em decorrência de uma procura maior que a da rotina”. 

Um exemplo é o posto do bairro Monte Castelo, em Contagem. Quem esteve lá ontem não conseguiu se vacinar. Funcionários informaram que as doses estavam em falta e que não havia, naquele momento, expectativa de reposição.

Em Vespasiano, a situação se repetiu no centro Sueli. Uma servidora confirmou o estoque zerado, mas afirmou que a falha seria resolvida no mesmo dia. Na cidade vizinha de Santa Luzia, no bairro Baronesa, apenas crianças estavam sendo imunizadas. A mesma situação foi constatada em Lagoa Santa, que também confirmou a ausência em alguns locais. No município, uma clínica concentra a maior parte do atendimento.  

Infraestrutura

A falta de infraestrutura também é um agravante. Em Ribeirão das Neves, funcionárias de uma unidade afirmaram que a imunização deixa de ser aplicada devido à falta de salas adequadas. Os usuários eram encaminhados para outro posto.

Em Betim, o vandalismo deixou um centro de saúde da Vila Bemge destruído. Nem mesmo o estoque de vacinas foi poupado. “Perdemos as doses que estavam armazenadas e até hoje nada foi reposto”, explicou uma mulher.

Alerta 

Infectologista e professora da Faculdade de Medicina da UFMG, Lilian Martins Oliveira Diniz reforça que o sarampo é uma doença que sempre esteve circulando pelo mundo, mas acaba se proliferando em ambientes onde há pessoas não vacinadas.

“Quem ainda não foi imunizado está percebendo a importância da vacina. Com o tempo, muita gente vai relaxar novamente, até que outros casos apareçam e recomece a procura. É um ciclo”.

Para a médica, é importante reforçar que a proteção é destinada a toda a população e não apenas às crianças. “É um grupo que tem mais riscos, mas não o único”, destaca.

Coordenadora do curso de Enfermagem das Faculdades Promove e Kennedy, Débora Gomes Pinto diz que todos que não encontrarem a vacina no posto de saúde mais próximo de casa devem procurar pontos alternativos. “Se a pessoa não se lembrar se foi imunizada, a orientação é tomar a dose”.

Apesar de o jornal constatar o estoque zerado, após contato com funcionários das próprias unidades, as prefeituras de Santa Luzia, Contagem, Ribeirão das Neves, Betim e Vespasiano informaram, por nota, que a vacina está disponível. As prefeituras de Lagoa Santa e Sarzedo não se manifestaram até o fechamento da edição.








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